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Burnout na geração Y: os desafios do esgotamento mental entre os Millennials

Já parou para pensar na sensação de estar constantemente sobrecarregado, ansioso e sem energia, incapaz de realizar até mesmo as tarefas mais simples e cotidianas, chegando, por vezes, à exaustão emocional e até mesmo à depressão?

Infelizmente, muitos podem se identificar com essa descrição, pois estamos lidando com um problema muito mais comum do que se poderia imaginar: o Burnout. Hoje, vamos explorar esse fenômeno, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como uma síndrome profissional, que afeta milhares de brasileiros diariamente. Em particular, vamos investigar por que a Geração Y, também conhecida como Millennials, é a mais propensa a esse esgotamento.

O que é o Burnout?

A Síndrome de Burnout, também chamada de Esgotamento Profissional, é um distúrbio emocional desencadeado pelo excesso de trabalho, especialmente comum entre profissionais que enfrentam pressão constante, competição acirrada e responsabilidades exaustivas em sua rotina diária.

Essa condição se manifesta através de sintomas como exaustão física e mental, estresse crônico e uma série de problemas físicos e emocionais, como dores de cabeça persistentes, fadiga extrema, dores musculares, distúrbios alimentares, insônia, dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso, negatividade persistente, mudanças de humor repentinas, entre outros. Nos casos mais graves, pode até evoluir para depressão, destacando a importância de buscar apoio profissional ao primeiro sinal de sintomas.

Por que os Millennials são mais afetados?

Estudos envolvendo indivíduos desta geração que nasceu entre 1981 e 1995 revelaram que uma parcela significativa dessa geração enfrenta tensão emocional e estresse crônico. De fato, dados do centro de pesquisa Yellowbrick mostram que impressionantes 95% dos Millennials sofrem com Burnout, enquanto 75% relatam sentir-se mentalmente esgotados.

Mas o que explica esses números alarmantes? Por que essa geração é tão suscetível a esse problema?

Especialistas argumentam que isso reflete o ambiente em que os Millennials cresceram, marcado por mudanças sociais e culturais significativas, especialmente em relação ao avanço tecnológico e seu impacto em diversas áreas da vida. Como resultado, essa geração desenvolveu uma mentalidade mais otimista e idealista, elevando suas expectativas em relação à carreira e à realização profissional.

Para os Millennials, encontrar satisfação e propósito no trabalho é crucial, e quando essas expectativas não são atendidas, a frustração pode facilmente levar ao Burnout. Além disso, a comparação com a geração anterior, marcada por um mercado de trabalho mais estável e uma trajetória profissional linear, também contribui para o aumento da pressão sobre os jovens profissionais.

Três gatilhos comuns para o Burnout nesta geração:

  1. A frustração decorrente da falta de reconhecimento e remuneração adequada, levando a dificuldades financeiras e um sentimento de estagnação profissional.
  2. A pressão resultante de ambientes de trabalho tóxicos, caracterizados por conflitos interpessoais, excesso de demandas e falta de apoio da liderança.
  3. A autopercepção de inadequação e a falta de incentivo para buscar novos desafios profissionais, contribuindo para um ciclo de exaustão e desmotivação.

Conclusão

Ainda há um longo caminho a percorrer para atender às necessidades de uma geração cada vez mais conectada e imediatista. Felizmente, a saúde mental está ganhando espaço nas agendas corporativas, com um crescente reconhecimento da importância do bem-estar emocional dos colaboradores. 

O desafio é encontrar maneiras de promover um equilíbrio saudável entre trabalho, felicidade e produtividade, tanto para os Millennials quanto para as próximas gerações de profissionais.

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