A saúde e gestão financeira de uma empresa são alguns dos elementos mais importantes para a sua sustentabilidade no mercado e obtenção de bons resultados. Por isso, precisamos entender alguns fatores envolvidos nessa parte da gestão e como podemos controlar suas variáveis.
Para isso, existem algumas métricas capazes de auxiliar essa análise, como o ponto de equilíbrio financeiro.
Considerando esse cálculo como um indicador de desempenho, podemos afirmar que ele é um meio de mensurar as ações desempenhadas por uma organização, e identificar se seus resultados têm sido satisfatórios.
Quando falamos sobre uma gestão financeira eficiente, muitas vezes mencionamos o lucro, custo operacional e fluxo de caixa, por exemplo, e esquecemos de mencionar o ponto de equilíbrio, um fator muito importante para mensurar os riscos aos quais uma organização pode estar submetida.
Como explicação teórica, podemos definir o ponto de equilíbrio quando o lucro da empresa é zero, ou seja, quando os produtos e serviços vendidos são suficientes para pagar apenas os custos e despesas, fixas e variáveis, da empresa.
Na prática, ele funciona como um indicador de segurança para aquele negócio, uma vez que sinaliza qual é o volume mínimo de faturamento necessário para que não ocorram prejuízos. Ou seja, qualquer valor acima do ponto de equilíbrio é considerado lucro, assim como os inferiores são prejuízo.
Esta análise ainda permite que o gestor visualize, a partir das projeções de vendas, qual será o momento em que as receitas e os custos da instituição serão igualados.
Apesar de ser um cálculo relativamente simples de ser feito, é importante fazer alguns adendos, afinal, o ponto de equilíbrio pode apresentar três tipos de variações: o contábil, o financeiro e o econômico. A seguir, vamos explicar resumidamente como eles funcionam.
Depois dessas definições apresentadas, você deve estar se perguntando: o ponto de equilíbrio, então, mostra o quanto que a empresa precisa vender para ser lucrativa e, consequentemente, quanto mais ela vender, mais lucro o gestor terá?
Este raciocínio não deixa de ser verdade, contudo, é importante lembrar que é preciso avaliar a capacidade produtiva da empresa, uma vez que, para vender mais é necessário fazer investimentos, sejam eles na ampliação da sua estrutura, na contratação de pessoas e até em maquinários e equipamentos, itens que podem elevar os custos e as despesas fixas.
Assim, para entender o ponto de equilíbrio como um indicador importante para o sucesso da sua empresa, basta adotar a seguinte lógica: quanto mais baixo for o indicador, menos arriscado será o negócio. E ainda: quanto menor for o ponto de equilíbrio, mais a empresa apresentará custos variáveis – relativos à operação – do que custos fixos – relacionados à manutenção. Desta forma, a empresa passa a se tornar mais competitiva e mais rentável frente aos seus concorrentes.
Quando desejamos calcular o ponto de equilíbrio de um negócio precisamos considerar alguns fatores importantes, a exemplo de:
Custos variáveis: esses custos contemplam os custos de produção da sua mercadoria ou execução do seu serviço, que podem variar de acordo com a demanda.
Custos Fixos: estes são os custos que independem das vendas ou produção, como aluguel de espaço, salário dos colaboradores que irão tomar frente do projeto e contas específicas, como água, luz e internet, por exemplo.
Vendas: esse é o valor total das vendas dos seus serviços e/ou produtos que a sua empresa oferece
Margem de contribuição: a margem de contribuição é o ganho bruto que se recebe em cada unidade vendida. É a soma dos custos e despesas com a margem de lucro. Ou seja, é quanto cada venda contribui para cobrir os gastos e gerar rentabilidade.
O cálculo é extremamente útil e relevante para a gestão financeira e saúde do negócio a longo prazo. Ele ajuda a entender se um novo produto ou negócio é viável, esclarece o faturamento necessário para que a empresa continue atuando e ajuda a identificar em que ponto algumas despesas podem ser reduzidas.
Para otimizar o ponto de equilíbrio financeiro da sua empresa, você também pode adotar outras práticas a fim de impulsionar seus resultados, como categorizar os dados financeiros de acordo com período, prioridade e natureza; antecipar recebíveis sempre que for necessário; separar contas entre “a pagar” e “a receber”; ter um controle, planejamento e previsibilidade do fluxo de caixa, conhecer sua margem de contribuição, por exemplo.
A combinação desses fatores contribui muito para a saúde financeira do seu negócio, e é muito importante cuidar desses aspectos para que a sua empresa tenha condições de reagir e superar eventuais problemas, além de, de fato, assumir a responsabilidade por buscar resultados realmente satisfatórios.
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