Em algum momento da vida, você já se deixou ser levado pelas emoções, agindo por impulso, se excedendo de alguma forma? É natural que sim, contudo, esses são comportamentos que podem ser prejudiciais para as suas relações e por isso precisamos falar sobre inteligência emocional.
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, esta é uma das 10 habilidades mais importantes e necessárias na busca pelo sucesso profissional, pois o fator emocional é responsável por mais de 58% do nosso desempenho.
Partindo da premissa que as pessoas são contratadas pelas suas habilidades técnicas e demitidas pelo comportamento, hoje as empresas visam recrutar talentos que possuam um equilíbrio entre habilidades técnicas e comportamentais, certificando-se de que o profissional está preparado para lidar com as adversidades e desafios do dia a dia com facilidade.
A inteligência emocional é a habilidade comportamental referente à capacidade de administrar emoções e sentimentos ao se expressar e interagir com outras pessoas, tomar decisões e resolver problemas.
Desenvolver essa competência implica deixar de lado ações impulsivas, mesmo em situações intensas, racionalizando a ponto de compreender os cenários e circunstâncias, o próprio estado emocional diante das adversidades, considerando sempre a melhor solução e abordagem.
Podemos dizer que a inteligência emocional consiste em um processo com três etapas essenciais:
Percepção – a capacidade em olhar pra si e compreender de forma precisa as emoções sentidas.
Entendimento – entender os sentimentos presentes, suas variações, motivações, gatilhos, etc.
Gerenciamento – lidar com os próprios impulsos, confrontando emoções e razão.
Ser uma pessoa com uma inteligência emocional bem desenvolvida não significa anular suas emoções, mas ter um maior conhecimento e domínio delas, sendo capaz de manter-se emocionalmente constante e focado na resolução de problemas, sabendo reconhecer e gerenciar suas emoções diante de imprevistos, conflitos e situações de estresse.
Desenvolver essa habilidade faz toda a diferença para qualquer pessoa que deseja crescer em sua carreira profissional e atender às atuais demandas do mercado de trabalho, que está cada vez mais complexo, repleto de mudanças e incertezas.
O profissional que sabe administrar as próprias emoções, sobretudo aquelas negativas e limitantes, consegue atravessar com muito mais tranquilidade cenários difíceis e complexos. E pessoas emocionalmente inteligentes são mais confiantes e motivadas, são capazes de avaliar constantemente suas atitudes e pensamentos, se relacionam de maneira mais equilibrada e são capazes de encarar situações difíceis com mais facilidade, possuindo grande capacidade de superação.
Como toda habilidade a inteligência emocional pode e deve ser desenvolvida, isso independente da área de atuação, pois todo profissional tem a ganhar com essa competência. Para isso, alguns pontos precisam de atenção e são eles que eu vou te mostrar agora.
Não tem como desenvolver inteligência emocional sem autoconhecimento. Isso porque, este é o ponto de partida para todo o resto, o processo onde ganhamos consciência acerca de quem realmente somos.
Ter autoconhecimento é ser capaz de identificar emoções, compreender de onde surgem e como influenciam em nosso comportamento. Ou seja, é ter domínio de aspirações, medos, frustrações, separando potencialidades de vulnerabilidades para agir da melhor maneira diante do que se tem e o que se deseja.
Muitas situações nos colocam em uma posição de descontrole, é muito fácil passarmos do limite, agimos sem pensar. A impulsividade é algo natural do ser humano, embora não seja uma boa aliada das nossas relações, principalmente as profissionais.
O autogerenciamento é a habilidade de administrar o que sentimos e agir com ponderação diante dos gatilhos emocionais, com controle e pensamento racional antes de agir.
Relações são vias de mão dupla, a partir do momento em que nos fechamos as próprias ideias, formas de pensar e enxergar o mundo, esquecemos disso.
É aí que entra a importância em ver as situações por outra perspectiva e abraçar o outro, suas emoções e contexto. A empatia é uma conexão estabelecida através da atenção plena e escuta ativa, sem julgamentos, reconhecendo e legitimando o lugar do outro.
A inteligência emocional está diretamente ligada à habilidade social de um indivíduo. Como seres que vivem em sociedade, a nossa capacidade em criar boas relações é essencial em todos os círculos, pessoais e profissionais.
Estar em ambientes positivos, receptivos melhora a nossa própria qualidade de vida e nos coloca um passo à frente quando conseguimos criar vínculos, cativar ou influenciar pessoas.
Por fim, desenvolver a inteligência emocional é um processo que demanda tempo, não acontece do dia para a noite, nem é simples. É preciso ter calma, paciência e, principalmente, prática.
Comece entendendo a sua importância e aproveitando as dicas desse artigo!