Conectando com as reflexões que já fazemos aqui na coluna há algum tempo, sabemos que a geração Z é a maior desde os baby boomers e, hoje, já representa uma parcela significativa da força de trabalho atual.
Sabe o que isso significa? Que estamos rompendo com o comportamento de gerações anteriores, que costumavam buscar estabilidade em suas carreiras, e aprendendo a lidar com profissionais muito menos tolerantes a ambientes de trabalho que não atendem às suas expectativas.
A geração Z busca por propósito, flexibilidade, autonomia, equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, oportunidades de desenvolvimento, dentre outros fatores e se não encontram, trocam de emprego sem hesitar.
Atentas a esse movimento, já existem até mesmo empresas criando cargos específicos com a função de aproximar-se e criar conexões reais com esses profissionais. O objetivo é desenhar ambientes de trabalho que compreendam as necessidades e demandas para atrair e reter talentos a longo prazo.
Dados do Ministério do Trabalho e da Previdência apontam uma tendência da das novas gerações a ficar menos de 3 meses no mesmo emprego.
Esse fenômeno tem nome, Job Hopping, e consiste em um movimento que vem se naturalizando, onde profissionais não param em um único trabalho e mudam de empresa com frequência, de forma voluntária.
Na contramão de gerações anteriores, a Z tende a só permanecer em uma organização se houver oportunidade de crescimento rápido, não há tempo para ficar estagnado.
Essa nova leva de profissionais também demonstra uma inversão de valores que os fazem agir diferente. O dinheiro que ganham não é mais importante do que qualidade de vida, o impacto e relevância do seu trabalho para o mundo/sociedade. Então, esse conjunto de fatores precisa estar em equilíbrio para que ele não procure por um novo emprego.
Como mencionei, o grande desafio das empresas agora é a virada de chave em direção ao que dita as novas gerações.
Atrair e reter talentos da geração Z, não só é necessário conforme esses profissionais vão se tornando maioria no mercado de trabalho, mas é também uma vantagem competitiva e oportunidade de fazer as coisas de um jeito diferente. E tenha certeza que essas mudanças são positivas, devido ao grande potencial que a geração Z apresenta ter.
Veja as principais características e necessidades dessa geração que estão fazendo com que empresas contratem um ZEO, que nada mais é que um especialista para dialogar e se aproximar desses novos profissionais.
Educação e habilidades: é a primeira geração a crescer completamente imersa na era digital, o que os torna nativos tecnológicos. O acesso a uma ampla gama de informações e recursos educacionais online, ao longo da sua formação pessoal e profissional também pode resultar em altos níveis de educação e qualificação.
A geração Z tende a ser altamente adaptável às mudanças tecnológicas e possui habilidades valiosas, como pensamento crítico, resolução de problemas e colaboração em equipe.
Diversidade e inclusão: estamos falando de uma geração mais diversificada em termos de origem étnica, identidade de gênero, orientação sexual e cultura, então tendem a valorizar a igualdade e a justiça social no ambiente de trabalho.
Empresas que promovem uma cultura inclusiva e diversificada têm mais chances de atrair e reter esses talentos.
Ambiente de trabalho flexível: procuram oportunidades de trabalho que sejam compatíveis com seu estilo de vida e que permitam uma maior integração entre trabalho e vida pessoal.
Propósito e impacto: valorizam o propósito e o impacto social de seu trabalho e buscam empresas que tenham uma missão clara e estejam genuinamente comprometidas com a responsabilidade social corporativa.
Empreendedorismo: possuem uma mentalidade voltada para resultados, são autossuficientes e têm uma abordagem empreendedora para a vida profissional. Portanto, buscam empresas que oferecem oportunidades de desenvolvimento empreendedor e autonomia no trabalho.