Inteligência Emocional: uma competência que não “sai de moda”
Às vésperas de um novo ano, muitos são os desejos, as ambições, os planos e os planejamentos para alcançar os mais diversos objetivos pessoais e profissionais para os novos 365 dias futuros. Somos encorajados a construir e auxiliar na condução de um efetivo planejamento de trabalho a ser aplicado com a equipe e ser facilitador dos demais pares e setores da empresa rumo ao sucesso e alcance de objetivos em comum, tanto no desenvolvimento de novas competências quanto no aperfeiçoamento das existentes.
É fato que, ano a ano, novas habilidades são solicitadas no mundo corporativo, porém algumas sempre estão sempre em destaque independente da mudança de ano. Ao longo de 2023, muitas pautas conhecidas permaneceram na agenda do time de gestão de pessoas, como: trabalho híbrido, saúde no trabalho, diversidade, inclusão e as transformações significativas que a Inteligência Artificial tem provocado, em termos gerais, não somente no mundo corporativo, mas em todos os contextos.
No entanto, mesmo com tantas novidades, uma competência que não “sai de moda” é a Inteligência Emocional. Ela pode ser definida como o conjunto de competências relacionadas a lidar com emoções, mais especificamente: como perceber, processar, compreender e gerenciar essas emoções.
A dupla de Psicólogos Salovey e Mayer explica que Inteligência Emocional é: “a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros”.
Para, de fato, buscarmos entender a importância da inteligência emocional em nossas relações é preciso entendê-las em seus quatro domínios básicos:
Uma das grandes vantagens das pessoas com inteligência emocional desenvolvida é a capacidade de se auto motivar e seguir em frente, mesmo diante de frustrações e desilusões. Dentre as características da inteligência emocional estão: a resiliência, a capacidade de controlar impulsos, canalizar emoções para situações adequadas, praticar a gratidão e motivar as pessoas, além de outras qualidades que possam ajudar a encorajar outros indivíduos.
No Brasil o principal responsável por popularizar o conceito de Inteligência Emocional é o psicólogo, escritor e PhD da Universidade de Harvard, Daniel Goleman que, em seu livro “Inteligência Emocional”, provoca a discussão entre Quociente de Inteligência (QI) e Quociente Emocional (QE).
Segundo estudos realizados, somente 20% do QI contribui para os fatores determinantes de sucesso das pessoas e os outros 80% estão relacionados a outras variáveis ou circunstâncias como a classe social, sorte e, em especial, a inteligência emocional. É neste cenário que pessoas que têm uma habilidade para lidar de forma mais assertiva com os desafios, os momentos de euforia e restrições possuem mais chances de se destacarem no ambiente no qual estão inseridas.
E quais os componentes necessários para o tão falado desenvolvimento da inteligência emocional e, consequentemente, conseguir um lugar de destaque em meio a tantos outros profissionais?
Entre vários, há cinco componentes mais específicos e que contribuem para esse desenvolvimento e dentre estes, três estão relacionados ao autoconhecimento, são eles:
O “controle” das emoções e sentimentos, com o intuito de atingir algum objetivo é considerado, atualmente, como um dos principais fatores para o sucesso pessoal e profissional. Para grande parte dos estudiosos do comportamento humano, a inteligência emocional pode ser considerada mais importante do que a inteligência mental (o conhecido QI). Fato atribuído principalmente aos últimos incidentes ocorridos de forma global e principalmente pela necessidade de preparar os profissionais para lidar com situações inesperadas que podem demandar grande habilidade daqueles que estão à frente de organizações e equipes.