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O papel da área de gestão de pessoas na formação de times cognitivamente diversos

Closeup of diverse people joining their hands

A cada vez mais a área de Gestão de Pessoas das empresas tem buscado a pluralidade dos times rumo ao fortalecimento das corporações, onde a diversidade contribua para o alcance dos objetivos internos e estes por sua vez transformam à sociedade a qual a corporação está inserida.

Não se esquecendo das recentes mudanças ocorridas no mundo e consequentemente no mercado de trabalho e nos trabalhadores, deixamos de viver em um mundo volátil para um mundo frágil, em um mundo incerto para um mundo ansioso, em um mundo complexo para o não linear e, por  fim,  em  um  mundo  ambíguo  para  um  totalmente incompreensível. A transição do mundo VUCA para o mundo BANI.

A necessidade de adaptação e reinvenção imprime uma maior responsabilidade de um olhar mais atento para as pessoas, proporcionando reais oportunidades e ações para se expressarem nas mais diversas formas originais de pensamentos e  posicionamentos, ao invés de focarmos na rigidez de uma “cultura” pautada somente em um COMO. As oportunidades de atuação dentro das empresas, de públicos de contextos diferenciados (raça, religião, gênero, idade entre outros), contribui para o avanço da pluralidade empresarial. Mas, além destas diversidades, às corporações necessitam potencializar a formação de equipes diversamente cognitivas.

O QUE É DIVERSIDADE COGNITIVA?

A diversidade cognitiva é a situação de pluralidade de ideias e opiniões, vindas de pessoas com personalidades, habilidades, capacidades e estilos diferentes. Sendo estimulados por um ambiente em que se é concedido respeito e representatividade a diferentes formas de pensar.

Dentro das organizações, o possibilitar desta diversidade cognitiva já começa no processo de buscas dos profissionais – nos processos seletivos, quando à área de Gestão  de Pessoas  vai  além  do  comparativo  do  fit  cultural  dos  candidatos  com  as vagas e ultrapassam as barreiras, buscando diferentes formas de pensamentos, proporcionando situações no decorrer da seleção onde fique caracterizado a diversidade cognitiva dos participantes.

Em uma pesquisa realizada e publicada pela Harvard Business Review chegou à conclusão de que as equipes resolvem problemas com mais rapidez quando são cognitivamente mais diversas. Apontando assim uma das principais vantagens para as

empresas neste contexto, onde as entregas dos resultados aparecem de formas variadas seja na solução de problemas ou na criação de um novo projeto, além de mitigar o viés funcional, que é o movimento de um grupo que tem as mesmas ideias e seguem os mesmos padrões e as ações são sempre legitimadas como corretas pelo mesmo grupo. Quando trazemos pessoas de realidades diferentes conseguimos facilitar o ambiente de troca, de criação e de inovação.

POR ONDE COMEÇAR?

Pontuamos que o início da formação de equipes com diversidade cognitiva, tem um papel principal na modelagem do recrutamento e seleção. Porém, não podemos perder de vista a inserção destes profissionais em um grupo já existente. E é neste cenário que o papel da liderança faz toda diferença no sucesso ou insucesso em propiciar o ambiente de desenvolvimento em via de mão dupla, tanto na receptividade do novo colaborador ao time, quanto a receptividade do time em relação ao novo colaborador, ou seja, a interação com diversas formas de pensamento e atuação dentro de um mesmo cenário, sem que este se torne nocivo ao grupo e a corporação.

As lideranças também necessitam de um cuidado maior em relação à promoção da diversidade cognitiva  no  ambiente  de  trabalho,  pois,  exercem  importante  papel  na consolidação dos valores organizacionais. É necessário estimular o estilo adaptável das lideranças já na mudança de mindset, onde deixam de depender apenas da hierarquia do cargo e possibilitam a escuta ativa e contribuições de pensamentos diferentes dos liderados e pares de trabalho, corroboram para o atendimento da demanda  e  para  a  corporação  como  um  todo   e   comecem   de   fato   a  influenciar as pessoas nos benefícios proporcionados com a diversidade.

ALGUNS BENEFÍCIOS DE TIMES COGNITIVAMENTE DIVERSOS:

ESTÍMULO A INOVAÇÃO: Ambientes com conflitos respeitosos de ideias proporcionam grandes e boas transformações. Isso se deve ao fato da convivência com grupos diversos promovedor da discussão potencializando o fenômeno da neuroplasticidade, ou seja, a formação de novas conexões cerebrais que são construídas diante de novidades e da troca de experiência, nesse sentido, não basta somente incluir pessoas diferentes nos times, é preciso criar um bom ambiente de trabalho para tal.

DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO CRÍTICO: A diversidade cognitiva permite que os colaboradores, ao se verem de frente para situações que requer a venda de alguma ideia e/ou projeto, criem argumentos mais sólidos e consistentes para defender a ideia inicial. Sendo assim, a tomada de decisão da equipe tende a ser baseada em uma análise mais profunda de cada alternativa, pois, a facilidade de expressar as dúvidas e as possibilidades de respostas serão maiores.

ÁGEIS SOLUÇÃO DE PROBLEMAS: Pessoas com perfis diferentes trarão muitas opções para resolver o mesmo desafio, muitas vezes, desafiando as decisões tomadas até o momento, ou seja, a possibilidade de solucionar os problemas serão maiores, contando com a diversidade de conhecimento dos membros da equipe.

MAIOR ENGAJAMENTO DOS TIMES: Uma empresa que aposta na diversidade cognitiva faz com que os profissionais tenham mais segurança para expor suas ideias e opiniões. Quando há mais liberdade para expressar o que se pensa, os colaboradores se sentem mais motivados, valorizados e com o real sentimento de pertencimento.

A diversidade cognitiva além de ser um grande desafio para as empresas ainda é uma novidade para maioria, principalmente, pela ideia errônea de que os colaboradores precisam ter perfis semelhantes para a equipe funcionar e os objetivos serem alcançados. Entretanto, novas experiências têm mostrado que exatamente o contrário tem mais benefícios para o negócio e para as corporações.

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