Se o lifelong learning é focado no aprendizado levando em consideração o tempo, o lifewide learning se dá no espaço, contexto físico, formal e não formal – não importa o lugar ou as circunstâncias, o aprendizado se faz possível.
Sendo o lifelong learning o aprendizado contínuo, o estar sempre em desenvolvimento por novas competências e habilidades, o lifewide learning é utilizar desta busca por várias formas diferentes, seja no formato tradicional (escolas e cursos específicos) ou no formato não tradicional (rodas de conversas, a exemplo aproveitando momentos de lazer e com a família) – em outras palavras aprender com tudo o que acontece ao nosso redor.
Toda esta necessidade do contínuo aprendizado se dá devido as mudanças ocorridas no mercado de trabalho e no mundo como um todo. Pelo fato de estarmos prontos para atender as demandas, originadas por diversas frentes, pelo perfil dos novos profissionais, pelo o que as gerações atuais trazem de novos ritmos e formas na busca pela melhor performance.
E porque praticar o Lifewide Learning?
Um estudo produzido por Boris Groysberg, Sarah Abbott e Katherine Connolly Baden, professores da Harvard Business School, mostra que nossas competências são depreciadas pelo menos 20% ao ano.
Para isso é necessário mudar de postura e mindset, reconhecer que temos tipos diferentes de aprendizados durante a vida já é o começo e um importante passo. Trazer esta atitude para prática possibilita ao profissional estar à frente de outros que optam por continuar fortalecendo o status quo, e permanecer estáticos às mudanças que o mundo constantemente vem passando.
Porém, o Lifewide Learning não se limita somente ao mercado de trabalho. Graças a ele, podemos realmente desenvolver novas habilidades úteis para a carreira, mas quando derrubamos a crença de que “aprender é chato, gera altos investimentos e requer transformações muito bruscas para realização”, entendemos o quanto de conhecimento podemos retirar da vida prática, temos a certeza dos ganhos e descobrindo o que nos move de verdade.
Quando alcançamos este patamar compreendemos que é possível aprender sem se sentir obrigado a aprender, começando pela auto-observação e fazendo perguntas. O que te dá prazer? O que você gosta de fazer, por fazer, independente dos benefícios que isso traz a curto, médio ou longo prazo? Sendo assim, vamos de forma constante incluindo novas descobertas em nossa rotina, uma vez que, como dito anteriormente não há somente uma ou duas maneiras de aprender e nem somente uma forma, o leque de opções é gigantesco, deixamos de olhar para a aprendizagem contínua como algo maçante e passamos a olhar como uma parceria, para alcance de objetivos futuros.
Já sob a ótica de Gestão de Pessoas e lideranças, as empresas também possuem um papel importante na prática do lifewide learning, com o incentivo de iniciativas que permitam que o aprendizado essencial aconteça de um jeito mais natural, leve e fluído. Como por exemplo, criação de um espaço voltado para leitura, sessões de cinema dentro da organização, campeonatos esportivos e show de talentos. São muitas alternativas para estimular o desenvolvimento de competências nas empresas e o que é melhor, todas tendem a ser mais eficientes do que o tradicional treinamento, em muitos casos, uma vez que o envolvimento das pessoas tende a ser maior, ainda mais quando estas ações geram boas lembranças afetivas, e mexem de maneira positiva com as emoções do seu público.
Colocar em prática o Lifewide learning é benéfico porque ele tem o poder de expandir a nossa visão de mundo, proporciona que encaremos a aprendizagem de forma ampla e aberta, vai muito além dos métodos padrões de ensino, é uma das habilidades mais importantes no tempo atual e no futuro e novamente nos conecta com todas as possíveis formas, lugares, momentos e pessoas, no contínuo desenvolvimento e aprimoramento da cultura do aprendizado.
E aí, vamos praticar?