O sucesso de uma empresa está diretamente condicionado à sua capacidade de controlar o próprio capital. Um aspecto básico desta premissa é garantir que, independentemente do prazo, a empresa seja capaz de cobrir suas obrigações.
Uma forma objetiva de mensurar a capacidade financeira de uma empresa é através dos indicadores de Liquidez.
Os indicadores de liquidez servem para quantificar a saúde financeira da entidade. Na prática, eles medem a capacidade de pagamento no curto prazo e permitem ao observador concluir sobre o quão longeva a empresa parece ser.
Dada a objetividade dos índices de liquidez, estes indicadores são aliados importantes à gestão. Analisando tais índices o gestor é capaz de promover ações que minimizem o risco frente a imprevistos ou períodos de baixo faturamento. Além disso, servem como um parâmetro importante para validar ou questionar as diretrizes em relação à gestão do capital de giro, controle do estoque, contas a receber e contas a pagar.
Os investidores estão sempre atentos aos indicadores de liquidez. É importante, para quem quer investir em determinado negócio, saber se a empresa possui um fluxo de caixa suficiente para cobrir suas obrigações financeiras e, neste sentido, as empresas que possuem maior liquidez de recursos são vistas como uma opção mais estável na perspectiva dos investidores.
A geração dos índices de liquidez também serve de parâmetro para ser analisado entre empresas do mesmo segmento. A variação da liquidez dos recursos das empresas podem ser reflexos da eficiência na gestão do capital de giro e da capacidade de lidar com os imprevistos.
Ser capaz de honrar os compromissos financeiros é decisivo na hora de conseguir um bom empréstimo. Por isso, os credores costumam recorrem aos índices de liquidez para conceder empréstimos ou linhas de crédito.
Portanto, os indicadores de liquidez são elementos importantes na tomada de decisão entre agentes internos ou externos à entidade.
De um modo geral, os indicadores servem para criar uma referência sobre determinada informação. Um dos objetivos é mostrar o comportamento do item analisado ao longo do tempo. Desta forma, o indicador gera referências de valores e favorece a tomada de decisão.
Isto posto, vamos à interpretação dos indicadores de liquidez:
– Índice de Liquidez maior que 1
Os ativos são suficientes para cobrir todos os passivos e ainda sobraria recursos
– Índice de Liquidez igual a 1
Os ativos cobrem os passivos, mas não sobra nenhum recurso.
– Índice de Liquidez menor que 1
Os ativos não são capazes de cobrir os passivos.
Obviamente que gestores e o investidores estarão satisfeitos sempre que tais números sejam maiores que 1. Mas é importante frisar que o contexto em que a empresa está inserida também é importante ser analisado e, portanto, os indicadores de liquidez compõem apenas uma parte das etapas do processo de tomada de decisão.
Base para o cálculo
A fonte dos dados para calcular os indicadores em questão é o balanço patrimonial. A análise deste relatório contábil é necessária para associar a informação de acordo com sua natureza. O dado deve estar agrupado em ativo circulante, ativo não circulante, passivo circulante e passivo não circulante. Vamos às suas definições:
1.1 Ativo Circulante
Estes são os valores a receber que já estão em posse da empresa ou é possível convertê-los em dinheiro no curto prazo. Podem ser classificados da seguinte forma:
a. Circulante Líquido
Recursos imediatamente disponíveis. Dentre outros possíveis, se enquadram aqui os valores do caixa, conta corrente e investimentos de liquidez diária.
b. Circulante cíclico
A disponibilidade destes ativos depende dos processos intermediários que concretizem o recebimento. Contas a receber é um exemplo.
c. Circulante Operacional
Ativos que estão diretamente relacionados a operação e atividade principal da empresa e, por exemplo, ainda precisam ser vendidos ou produzidos.
1.2 Ativo Não circulante
Ativos que podem ser convertidos em dinheiro, mas o prazo para que isso ocorra é superior a 12 meses. São classificados assim:
a. Realizável a longo prazo
De um modo geral, são ativos não realizáveis no período analisado no balanço. Portanto, ultrapassam o prazo dos 12 meses.
b. Investimentos
São classificados como ativo não circulante os investimentos que visam trazer retorno financeiro para a empresa no futuro. Cabem dentro desta classificação investimentos financeiros, imóveis e bens.
c. Imobilizável
Os ativos imobilizáveis compõem a estrutura da empresa e, desta forma, são bens físicos e tangíveis que viabilizam a operação. Cabe citar como exemplo: máquinas, veículos, móveis e utensílios e imóveis.
d. Intangível
Ativos intangíveis são aqueles que possuem valor econômico e contribuem para o negócio, mas não existem fisicamente. Logotipos, marcas e domínios da internet são exemplos de ativos intangíveis.
2. Passivos
2.1 Passivo Circulante
O passivo circulante engloba todas as obrigações a serem quitadas no curto prazo. Trata-se, em suma, do contas a pagar, parcelas de empréstimos e promissórias que vencem dentro do prazo de 12 meses.
2.2 Passivo Não circulante
O passivo não circulante é composto pelas obrigações que a empresa assumiu junto a credores em um prazo superior a um ano.
Existem inúmeros indicadores de liquidez, podemos destacar quatro:
Liquidez corrente
O indicador de liquidez corrente tem por função mensurar a capacidade da empresa em honrar as obrigações financeiras no curto prazo, sem precisar vender ativos de baixa liquidez ou recorrer a capital de terceiros.
Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante
Liquidez imediata
Este indicador, um tanto mais conservador, considera apenas os recursos disponíveis de forma imediata. O seu cálculo considera o total de recursos disponíveis dividido pelo passivo circulante.
Liquidez Imediata = Disponibilidades / Passivo Circulante
Liquidez seca
A conversão do estoque pra dinheiro está condicionado ao processo de venda e, portanto, o prazo de sua conversão em dinheiro é um tanto incerto. Por isso, o índice de liquidez seca desconsidera o estoque.
Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante
Liquidez geral
Por fim, a liquidez geral apura a saúde financeira da empresa no longo prazo. Seu cálculo abrange os ativos e passivos de baixa liquidez.
Liquidez geral = (ativo circulante + ativo não circulante) / (passivo circulante + passivo não circulante)
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