De acordo com Sundar Pichai, CEO da Google/Alphabeat, a tendência das maneiras de trabalho no cenário pós-pandemia é ser cada vez mais digital, colaborativo e flexível, transformações que já estavam em curso e foram aceleradas pela pandemia de coronavírus. Para a educação corporativa, o cenário exige ainda mais inovação e adaptação.
Quando o assunto é o desenvolvimento de novas habilidades profissionais, o tempo parece ser ainda mais curto. De acordo com pesquisas do Fórum Econômico Mundial, 42% das principais habilidades exigidas pelos empregos de hoje vão mudar até 2022. Dessa forma, o cenário exige adaptações no meio corporativo, evidenciando ainda mais a necessidade de desenvolver a educação corporativa como estrutura fundamental da continuidade dos negócios.
Assim, como garantir o desenvolvimento assertivo de habilidades profissionais em um mundo cada vez mais digital, colaborativo e flexível e onde a agilidade aparece como uma das moedas de troca mais valiosas?
Toda resposta passa, direta ou indiretamente, pela educação executiva, um método que busca capacitar e desenvolver os colaboradores de todos os níveis dentro de uma empresa. Através dela é possível alinhar os funcionários com a cultura da empresa, desenvolver habilidades profissionais, pessoais, capacitar para novas responsabilidades, funções e cargos e ainda ampliar o crescimento e os resultados da empresa.
O desenvolvimento dos colaboradores precisa ser entendido pelo gestor como uma vantagem para a empresa, e não só para os funcionários. É claro que o risco de investir em um colaborador e ele decidir usar os conhecimentos em outras corporações pode acontecer, mas a prática de mercado mostra justamente o contrário.
Quem investe em conhecimento e capacitação retém os melhores talentos, pois os colaboradores entendem que a empresa acredita neles como profissionais capacitados e de potencial.
Em uma única equipe é possível encontrar colaboradores de diferentes idades, formações, personalidades e velocidade de aprendizado. Dessa forma, desenvolver uma única solução de educação corporativa é quase inviável.
Sabemos também que um dos maiores desafios da área de T&D é proteger o seu orçamento, principalmente em momentos de instabilidade financeira. Nesse ponto, a educação corporativa se destaca na possibilidade de construir trilhas de aprendizado totalmente adequadas à realidade do colaborador, e a organização consegue inserir o desenvolvimento dos funcionários de forma permanente e constante em sua jornada.
Nesse contexto, incorporar a prática de lifelong learning, – aprendizagem ao longo da vida, em tradução livre – , termo que se refere a busca contínua, voluntária e auto-motivada pela atualização conhecimento é, reconhecidamente, uma das formas de promover a motivação e o engajamento dos colaboradores. Afinal, a relação entre as duas partes deve funcionar de maneira vantajosa: enquanto o colaborador entrega o que é esperado, também precisa crescer profissionalmente.
Dessa forma, oferecer conteúdos compatíveis com a complexidade e agilidade de entrega dos integrantes da equipe é uma ótima alternativa para retê-los na empresa.
Um dos maiores desafios para a área de T&D é conciliar os interesses envolvidos na educação corporativa. Muitas vezes, é necessário alinhar como um treinamento corporativo que vai suprir as necessidades e expectativas da empresa. Dessa forma, incentivar o lifelong learning é fundamental para que o colaborador se manter atualizado em qualquer área de atuação. Quanto mais uma pessoa aprende ao longo da vida, mais ela é capaz de se adaptar às mudanças da Nova Economia, que exigem flexibilidade e capacidade de improvisação em situações inesperadas.
Vivemos a era da personalização das relações. Em tempos em que os dados são base para quase todos os tipos de prestação de serviço, empresas passaram a personalizar as jornadas de compra e consumo.
Mais do que consumir produtos e conteúdos, os clientes e seus comportamentos se tornaram peças fundamentais de qualquer estratégia de venda, reflexo de uma economia centralizada no consumidor. O foco na experiência são, mais do que nunca, o centro dos negócios.
Na educação corporativa essa lógica também se aplica. A tendência de individualização do aprendizado ganha cada vez mais força, colocando termos e conceitos como Learning experience em evidência.
Para a gestão de pessoas, especialmente para a área de Treinamento e Desenvolvimento (T&D), a experiência de aprendizado do colaborador se torna um ponto central para elaborar um plano de qualificação da força de trabalho. Nesse sentido, é fundamental criar condições para que o colaborador tenha autonomia no seu processo de capacitação, algo que reflete em benefícios não só para ele, mas para toda a empresa.
1 Comentário
Ótimo trabalho!
Após perder muito tempo na internet encontrei esse blog
que tinha o que tanto procurava.
Gostei muito.
Meu muito obrigado!!!