Não é segredo para nenhum gestor – ou pelo menos não deveria ser – que a área financeira é um dos setores mais vitais de uma empresa. Alguns estudiosos chegam, inclusive, a compará-la com coração, órgão vital e responsável por fornecer “suprimentos” para que outras partes da empresa – e do corpo – funcionem sem nenhum problema.
Esta analogia nos ajuda a entender, de forma clara e direta, o que acontece quando a gestão financeira vai mal em um negócio. Os “suprimentos” tornam-se escassos, prejudicando todos os demais “órgãos”.
Ou seja, uma boa gestão financeira é responsável por fornecer recursos para que toda a operação possa existir como um todo e de forma eficiente. Logo, é requisito essencial para uma empresa que deseja crescer e conquistar melhores resultados.
Apesar de toda essa importância, na prática, o que vemos por aí é um pouco diferente. A gestão financeira nem sempre é tratada como prioridade, logo, nem sempre é bem feita. Além disso, muitos gestores não são preparados para cuidar das finanças e tomar decisões.
Se você for pensar mais a fundo, por mais que isto seja algo natural, é necessário superar esta etapa por meio da formação para evitar colocar pessoas em cargos de liderança que possuem um conhecimento limitado sobre como realizar uma gestão financeira estratégica e eficiente.
Para quem deseja obter resultados verdadeiramente maiores, é preciso pensar muito além de planilhas. Organização, claro, é fundamental, mas controlar apenas os lançamentos financeiros, como pagamentos e recebimentos, não é suficiente.
Foi pensando nisso que o Grupo Larch listou cinco dicas de ouro para quem deseja começar um processo mais estratégico de gestão financeira de uma empresa.
O primeiro passo para qualquer negócio de sucesso é ter um planejamento estratégico bem desenhado. Perca bastante tempo nessa etapa, pois ela é crucial para o sucesso da sua empresa.
É por meio do planejamento estratégico que você e suas lideranças terão uma visão efetiva do direcionamento da empresa, considerando as missões, os objetivos, as responsabilidades e os prazos.
Com essas etapas cumpridas, o próximo passo é analisar os dados para conseguir revisitar o planejamento estratégico, identificar o que funcionou, e o que não funcionou, para traçar os novos objetivos da organização, sejam eles de curto, médio ou longo prazo.
Os objetivos financeiros de qualquer empresa devem ser claramente identificados por meio do Orçamento Anual. Neste documento devem constar todas as projeções de receitas e de despesas, além do Balanço Patrimonial.
Por meio do Orçamento Anual será possível, por exemplo, fazer um planejamento financeiro para traçar um plano de metas para cada setor da empresa. Este trabalho também ajuda o empresário a definir melhor suas estratégias de preço e posicionamento no mercado.
Quer uma dica? Trabalhe com sistemas de gestão financeira inteligentes. Em poucos cliques você consegue mapeadas todas as atividades financeiras, bem como as origens, os destinos e toda movimentação do seu capital, inclusive, do seu capital de giro.
Outra dica? Projete os impactos do orçamento proposto no fluxo de caixa para evitar que dificuldades surjam pelo caminho.
Quem nunca viu uma empresa “quebrar” por problemas de fluxo de caixa mesmo quando, aparentemente, o volume de negócios está crescendo?
Este é um exemplo clássico!
Você, enquanto gestor, consegue aumentar muito o volume mensal de suas vendas. Opa, estamos no caminho certo. Entretanto, analisando a fundo, quase todas as vendas são parceladas. Só que você precisa pagar seus fornecedores à vista. Provavelmente haverá um problema de fluxo de caixa na operação.
A boa notícia é que um bom software de gestão financeira pode ajudar você a ter um olhar mais estratégico, evitando surpresas desagradáveis como essa.
Essa é básica, mas nem todo mundo aplica na prática. Ter despesas menores que as receitas possibilita, por exemplo, que você crie um “fundo de caixa”.
Esse fundo de caixa será fundamental para garantir a boa saúde financeira da sua empresa em momentos de crise ou quando surgirem gastos não previstos.
Quase toda empresa possui algum tipo de endividamento. E não, isso não é um problema. Desde que, obviamente, os recursos tenham sido captados para gerar valor ao negócio, melhorar o produto, o serviço ou até mesmo a eficiência de algum processo interno. Isso é investimento que, quando bem calculado, só tende a levar sua empresa ao crescimento.
O erro que alguns gestores cometem é contrair dívidas para cobrir custos fixos, por exemplo. Isso normalmente resolve um problema imediato, mas no médio prazo compromete até mesmo a sobrevivência do negócio.
Antes de contrair um empréstimo ou financiar a compra de um bem é fundamental analisar se isso vai contribuir para o desenvolvimento do negócio e se a empresa terá capacidade de arcar com essa nova despesa. Para isso você precisa conhecer bem os prazos, analisar as taxas, avaliar o grau de endividamento e o risco da operação. Por isso, um planejamento é fundamental em situações assim.
É essencial olhar sempre para o futuro do seu negócio. Estar atento às mudanças que acontecem no comportamento do seu consumidor e os avanços tecnológicos que, cada vez mais, estão influenciando no dia a dia e na produtividade das empresas.
Para isso, busque se atualizar fazendo um curso de gestão financeira, inclusive, uma pós-graduação nesta área. Mãos à obra? Deixe seus comentários e participe dessa nossa conversa.