A ansiedade no ambiente de trabalho é um problema cada vez mais comum e vem afetando muitas pessoas. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o Brasil é o país com mais pessoas ansiosas em todo o mundo, isso deixa claro que a ansiedade é um problema de saúde grave e que impacta negativamente todos os aspectos da vida, inclusive no ambiente de trabalho.
Vale ressaltar, no entanto, que a ansiedade, até certo ponto, é um sentimento normal e de grande valia para nós seres humanos. Trata-se de um estado de alerta de curta duração que, em níveis adequados, nos prepara para decisões importantes e situações de risco. Porém, quando ultrapassa o limite, a ansiedade pode se transformar em uma patologia e diminuir significativamente a qualidade de vida.
O elevado índice de ansiedade está entre as principais causas de afastamentos laborais nas empresas, sendo também, uma das grandes razões que levam as pessoas a buscarem seu desligamento do trabalho. Nesse sentido, é preciso reconhecer o que causa ansiedade em determinado ambiente e então, criar estratégias para lidar com ela, evitando assim, um ambiente de trabalho estressante, exaustivo e conflituoso. Como todo problema de saúde mental, a ansiedade excessiva costuma ter mais de uma causa. O excesso de tarefas, os prazos reduzidos para executá-las, a sobrecarga de responsabilidades, a falta de uma comunicação assertiva e empática entre os diferentes setores da organização, os conflitos interpessoais, a falta de reconhecimento pelas lideranças e a falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional estão entre os fatores mais comuns que provocam ansiedade e estresse.
A ansiedade pode desempenhar um papel significativo na vida profissional de uma pessoa e tende a se manifestar de diferentes maneiras como: falta de concentração, irritabilidade, dores de cabeça, tensão muscular, dificuldade em relaxar, preocupação excessiva, medo de cometer erros, baixa autoestima e dificuldade em tomar decisões. Esses sintomas podem atrapalhar o desempenho e a produtividade no trabalho e afetar negativamente a saúde mental e física do trabalhador. Além disso, a ansiedade crônica no trabalho pode levar a problemas de saúde, como doenças cardíacas, problemas digestivos e distúrbios do sono, evoluindo para quadros graves de esgotamento profissional, conhecido como Síndrome de Burnout, quando o cansaço físico e mental chega a níveis extremos.
Tanto para atuar no combate e prevenção à ansiedade, como para melhorar a percepção de qualidade de vida dos trabalhadores, as empresas podem e devem tomar algumas medidas.
O Papel Da Empresa Na Qualidade De Vida Dos Colaboradores
A qualidade de vida no trabalho (QVT) se refere à sensação de bem-estar geral e de satisfação dos colaboradores em relação à sua experiência profissional. Ela envolve vários fatores que vão do físico ao mental.
Uma boa QVT é importante porque interfere diretamente no nível de rendimento e produtividade no trabalho, na qualidade das entregas, na motivação e no engajamento dos colaboradores. Além disso, tende a afetar sua felicidade e satisfação geral na vida.
Algumas práticas que podem ser adotadas nas empresas de modo a contribuir para a qualidade de vida no trabalho incluem:
No entanto, antes de criar e aplicar ações de QVT é fundamental entender quais são os aspectos que farão sentido para os colaboradores e concentrar esforços nessa direção. É preciso que as organizações estejam atentas às necessidades e expectativas de seus colaboradores. Depois de implantadas as ações, basta monitorar e ajustar quando necessário.
Priorizar a saúde mental no trabalho é essencial para promover um ambiente saudável e produtivo. Ao fazer isso, aumenta-se a satisfação e o bem-estar dos colaboradores, contribuindo para um ambiente de trabalho mais produtivo e saudável.
É crucial que as empresas invistam em bem-estar corporativo. Afinal, quem trabalha feliz e motivado, trabalha mais e melhor!